Para saber até onde posso suportar viver em meio ao aforismo capitalista que me rodeia desde sempre e que no fundo é algo que preciso me conformar, precisei vir ao blog compartilhar premissas que desmerecem o íntimo do ser humano em nome da moralidade econômica, mas que ao mesmo tempo valorizam o ser desde que o mesmo goze de vontade própria de ser alguém ou de ser alguém à serviço de algo que não sabe.
De antemão, aviso que venho tentando dia-a-dia visualizar o cidadão como um detentor de direitos e o Estado, novamente, como responsável por executar tais direitos; assim como, responsável pela inclusão produtiva e por redistribuição da renda. Mas hoje vou fugir da área pública em nome da minha saúde mental.
Vive-se em meio à uma competição. Vejo o que dá, entendo o que consigo. Exploro o que aparece. Ganhe quem merecer.
Todavia, tudo que vejo é a competição entre pessoas socialmente desiguais e cognitivamente diferentes;
Tudo que vejo é uma assimetria que preserva o status quo em detrimento do poder;
Tudo que vejo são pequenas grandes ações que engolem o muito do pouco que cada um tem ou pensa que pode contribuir;
Tudo que sinto é que a fonte do problema é responsabilidade individual, mas que o culpado é o fenômeno e este é coletivo e não há como prendê-lo e enquanto solto, tudo que faz é ficar neutro;
Existe, descobri há poucos dias, uma neutralidade que é neutralizadora e que logo, sua hermenêutica é audaz e que o que é neutro corresponde ou oculta um conjunto de forças;
Vejo meus sonhos vazar por falta de método, não por falta de vontade de mudança;
Ainda sinto meu senso de missão, senso de missão e minha paixão pela ruptura circular forte no meu sangue e em meus olhos eu declaro o apego a valores como a igualdade, a riqueza e a pela mudança.
Eu não quero ser retórico, tampouco quero padronizar ou universalizar meus valores;
Não quero riqueza para todos, mas desejo qualidade à tudo e a quem desejá-la;
Sei que qualidade é apenas uma dimensão, todavia, sei também das objeções, obstáculos e da inércia.
Não imploro por consumo, por direito ou dinheiro. Clamo por consistência, coerência - ainda que mínima - e por universalidade de expectativas - desde que se preponha senso de proporção.
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