Boas vindas caro leitor! Nosso blog está disposto a publicar suas contribuições. Contate-nos.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

saúde mental na pós-modernidade

Para saber até onde posso suportar viver em meio ao aforismo capitalista que me rodeia desde sempre e que no fundo é algo que preciso me conformar, precisei vir ao blog compartilhar premissas que desmerecem o íntimo do ser humano em nome da moralidade econômica, mas que ao mesmo tempo valorizam o ser desde que o mesmo goze de vontade própria de ser alguém ou de ser alguém à serviço de algo que não sabe.

De antemão, aviso que venho tentando dia-a-dia visualizar o cidadão como um detentor de direitos e o Estado, novamente, como responsável por executar tais direitos; assim como, responsável pela inclusão produtiva e por redistribuição da renda. Mas hoje vou fugir da área pública em nome da minha saúde mental.

Vive-se em meio à uma competição. Vejo o que dá, entendo o que consigo. Exploro o que aparece. Ganhe quem merecer.

Todavia, tudo que vejo é a competição entre pessoas socialmente desiguais e cognitivamente diferentes;

Tudo que vejo é uma assimetria que preserva o status quo em detrimento do poder;

Tudo que vejo são pequenas grandes ações que engolem o muito do pouco que cada um tem ou pensa que pode contribuir;

Tudo que sinto é que a fonte do problema é responsabilidade individual, mas que o culpado é o fenômeno e este é coletivo e não há como prendê-lo e enquanto solto, tudo que faz é ficar neutro;

Existe, descobri há poucos dias, uma neutralidade que é neutralizadora e que logo, sua hermenêutica é audaz e que o que é neutro corresponde ou oculta um conjunto de forças;

Vejo meus sonhos vazar por falta de método, não por falta de vontade de mudança;

Ainda sinto meu senso de missão, senso de missão e minha paixão pela ruptura circular forte no meu sangue e em meus olhos eu declaro o apego a valores como a igualdade, a riqueza e a pela mudança.

Eu não quero ser retórico, tampouco quero padronizar ou universalizar meus valores;

Não quero riqueza para todos, mas desejo qualidade à tudo e a quem desejá-la;

Sei que qualidade é apenas uma dimensão, todavia, sei também das objeções, obstáculos e da inércia.

Não imploro por consumo, por direito ou dinheiro. Clamo por consistência, coerência - ainda que mínima - e por universalidade de expectativas - desde que se preponha senso de proporção.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

mudanças

Resolvi me apropriar um pouco do pensamento de uma das escolas de estratégia. Logo, compartilho com vocês.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Quando o SUS torna-se o Subsistema Único de Saúde e a moral monetária fragiliza o indivíduo.

Pessoal, após um tempo afastado das postagens resolvi retomar as publicações. No tempo que andei fora, conheci autores novos, bem como, me deparei com situações concretas e que configuram problemas para saúde do povo brasileiro, mas que no fundo precisam de gestão eficiciente, somente. De outra ponta, tive contato teórico e prático com questões que não se resumem à atuação gestionária, pois extrapolam as faculdades da administração pública.
Começo agora, uma série de postagens que identifico o conteúdo como parte integrate da dimensão social, este composto pelas variáveis:
1 -  sociopolítica
2 - socioeconômica
3 - sociocultural
Mais adiante, quero explorar minhas reflexões na via da dimensão AMBIENTAL da saúde pública, bem como, na dimensão biológica.
Fica para reflexão: na conjuntura sanitária mundial o SUS não é o Sistema Único de Saúde, mas sim um SUBSISTEMA DE SAÚDE.
De momento, é isso. Boa reflexão.
Baseado em atividade realizada em sala, em novembro de 2011 e na leitura do texto de Giovanni Berlinguer, chamado Globalização e a Saúde Global.
“Fala-se muito em globalização” – o conceito e natureza da globalizalçao foram criados e difundidos por forças neoliberais com a intenção de levar os povos a crer que não há uma alternativa à situação que estamos vivendo. Assim, nega-se o potencial da função política da democracia.
O credo liberal impôs aos povos regras do fundamentalismo monetário e por conseguinte, o termo globalização dificulta dissidência. Como consequência, por toda parte, nos últimos vinte anos – segundo o autor – houve um aumento das desigualdades em saúde. Ou seja: milhões de vidas truncadas ou prejudicadas pela carga semântica da globalização.
Para muitos de nós, a globalização transformou-se em pânico pois quer dizer que o clima cultural e moral do mundo está mudando. E o que se pergunta agora é quais as implicações destas mudanças, a partir do aumento das desigualdades? Para o autor do texto, outra questão chave é: globalização – para que fins, em que rumo?
É visto que globalização e saúde não são inicialmente compatíveis aos moldes da carga moral que o termo assumiu. De outra ponta, bem-estar individual, como interesse coletivo e como condição essencial para a “liberdade” é um atributo substancial do capitalismo atual.
Qualquer movimento “para baixo” gera um circulo vicioso de regressão e traz o risco da vida do individuo tornar-se irreversível. Pois a saúde é um subproduto das forças globalizadoras e é motivada por interesses externos ao indivíduo.
Tudo isso gera atenção para que nós tenhamos um olhar para saúde a ponto de vê-la como um problema global, tanto como a crise econômica. Sendo assim, compete aos profissionais da saúde, trabalhar por ela de modo explícito e programado. Haja vista, que assim como o capital financeiro, a saúde é um bem não somente desejável, mas sim necessário e que devemos, ao máximo, permitir que ela migre e transforme-se num satélite do fundamentalismo monetário.
Sendo assim, cabe combater o quadro epidemiológico global a partir da soma de forças internacionais. Pois, desde que em 1492, com a descoberta da América, deu-se fim ao período de quadros epidemiológicos desiguais, no velho e no novo mundo, sabe-se que o mundo ficou pequeno e que a unificação microbiana do mundo tornou-se um fato, pressupõe-se: que uma ação eficaz em nome da moral sanitária, é uma ação conjunta. E tal fenômeno demanda demasiado empenho do ponto de vista do plano internacional.
Sendo assim, o conceito de globalização apresentado pelo autor, tem reflexos no âmbito social que revelam, por sua vez, retardamento do progresso sanitário e intensificação das desigualdades em termos de saúde segurança interna e externa.
É preciso incluir a saúde na agenda global, como objeto e finalidade primordial do crescimento econômico. Para tanto, é preciso deixar de vê-la como um elemento causador de problemas financeiros. Cabe aos profissionais do campo da saúde, o dever social de alertar e informar as populações e instituições sobre as ameaças que põe em risco a saúde e a segurança da comunidade local para fins de evitar a transição epidemiológica. Entende-se que não pode haver saúde global sem ações locais.
Seria essa, unidimensionalmente, a função do setor saúde? - Enquanto questiono, sigo minhas metas. Abraço e até a próxima.